6 livros sobre a guerra que todo homem deveria ler
A guerra é, sem dúvida, o pior da humanidade. Ainda assim, é na guerra que os homens mostram o melhor de si mesmos.
A guerra geralmente é resultado de ganância, estupidez ou depravação. Mas, nela, os homens costumam ser corajosos, leais e altruístas.
Grandes autores têm escrito e lido sobre a guerra – suas causas, seus efeitos, seus heróis, suas vítimas. Parte de nossa literatura mais poderosa é abertamente sobre a guerra ou profundamente influenciada por ela.
Os poemas épicos de Homero são sobre guerra – dez anos de batalha contra Tróia e depois dez anos de batalha contra a natureza e os deuses. Tucídides, nosso primeiro grande historiador, escreveu sobre a Guerra do Peloponeso – a grande guerra entre Esparta e Atenas. Roma foi construída pela guerra e pela literatura, e o mundo foi influenciado por isso desde então.
O Império Americano não é diferente – os soldados voltaram para casa e escreveram sobre a Guerra Civil, a Guerra Hispano-Americana, a Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial. Uma nova geração escreveu (e ainda está escrevendo) livros poderosos sobre a contra-insurgência no Iraque e no Afeganistão.
O estudo da guerra é o estudo da vida, porque guerra é vida no sentido mais bruto. É morte, medo, poder, amor, adrenalina, sacrifício, glória e vontade de sobreviver.
Como disse Virgil, “a espada decide tudo“.
Devemos aprender a estratégia, a motivação, as defesas. Podemos compreender e respeitar as trevas e as consequências: dor, morte, maldade, ganância.
Este é um post que indica livros sobre guerra. Cada livro trata de uma civilização diferente, um conjunto diferenciado de táticas, uma causa do conflito. Mas sempre surgem temas atemporais.
O que importa é o que podemos tirar deles e aplicar em nossas próprias vidas e na sociedade.
História da Guerra do Peloponeso
História da Guerra do Peloponeso, de Tucídides.
Eu não vou mentir para você, este é um longo livro. Mas conta a história da guerra épica entre Atenas e Esparta – é geopolítica, é estratégia, é liderança, é lições de luto, retórica e persuasão.
Das belas e comoventes palavras do discurso fúnebre de Péricles às táticas astutas e criativas do general espartano Brasidas, este livro tem tudo.
Há também a lição poderosa do logro de Atenas, que culminou em sua perda em Syracuse e ainda tem implicações imensas hoje. E então houve o derradeiro exagero de Esparta, que venceu a guerra, mas não sabia como governar um império.
É uma leitura obrigatória para qualquer estudante do mundo.
A Arte da Guerra
A Arte da Guerra, de Sun Tzu. De certa forma, acho este livro difícil de aplicar (e fácil de aplicar incorretamente) porque é tão aforístico e geral.
Mas é claro que é um dos textos mais importantes sobre guerra e estratégia já escritos. Se você não sair com algumas boas falas – como conhecer a si mesmo tão bem quanto conhecer o inimigo – você está perdendo.
As Campanhas de Alexandre
As Campanhas de Alexandre, de Arrian.
Arrian nos presenteou com dois documentos incríveis: um, eram as palestras do filósofo Epicteto e o segundo era sua história das guerras de Alexandre, o Grande.
Alexandre é um exemplo maravilhoso do fardo tóxico da ambição.
Sim, isso o trouxe para os limites do mundo conquistado – mas foi também onde ele morreu, provavelmente assassinado por seus próprios homens. Ele não tinha um propósito real para tudo, nenhum plano real ou império verdadeiro – era apenas lutar, vencer, possuir, lutar, vencer, possuir até o fim (e no final, como Epicteto observou, ele ainda morreu e foi enterrado como o resto de nós).
Não estou dizendo que não há outras lições, mas esta é a mais importante. Outras lições incluem: liderança pela frente e a importância da velocidade, surpresa e ousadia.
Genghis Kahn e a Criação do Mundo Moderno
Genghis Kahn e a Criação do Mundo Moderno, de Jack Weatherford.
Os mongóis eram animais ferozes e brutos subumanos, não eram? Ou tudo isso fazia parte da estratégia deles, com o objetivo de intimidar os inimigos para que se submetessem sem lutar?
Genghis Khan foi um dos guerreiros mais inteligentes que já existiu.
Os mongóis transformaram a guerra em ciência – na verdade, a primeira coisa que fizeram quando conquistavam um novo território era encontrar cientistas e acadêmicos e utilizá-los conforme necessário.
Eles eram mestres em velocidade, surpresa e manobra. Também eram mestres da crueldade e da violência, sem dúvida. Mas todas essas táticas foram usadas para fins surpreendentes e construíram um império que rivalizava com qualquer outro na história e que era realmente conhecido por sua paz, prosperidade e liberdade.
Napoleão: Uma Vida
Napoleão: Uma Vida, de Paul Johnson.
Bonaparte não é meu forte e ainda preciso estudar mais diretamente. Mas eu aprendi um pouco por meio desta excelente biografia introdutória e de livros sobre o período – especificamente On War e The Fifteen Decisive Battles of the World.
Até Emerson tem um ensaio esclarecedor sobre o homem.
Também fiquei surpreso ao ler “O conde negro”, de Tom Reiss, que conta a história de um dos generais de Napoleão – um ex-escravo que por acaso era o pai do romancista Alexandre Dumas.
Da Guerra
Da Guerra, de Carl von Clausewitz.
Em termos de guerra tática, este livro provavelmente seria melhor intitulado “On War Against Napoleon”, porque é sobre isso que Clausewitz estava escrevendo.
É em seu entendimento da política – ou melhor, o que acontece quando a política desmorona – que Clausewitz realmente deu suas contribuições. Portanto, leia Da Guerra para isso, não para estratégias específicas.